quinta-feira, 7 de outubro de 2010

London - Day 2 (continuação)

Carnaby Street.

Uma das fachadas de um dos prédios tinha esta gravura. É pena não se ver bem o pormenor mas esta pintura é uma representação das ruas que fazem parte da zona do Soho. Muito bonito, sem dúvida. E original.
Carnaby Street é uma rua essencialmente de lojas e cafézinhos. Cheia de tentações.
Por ruas estreitas que fogem da rua principal, encontramos pequenas pracetas com esplanadas cheias de gente, rodeadas por prédios coloridos.
Lojas vintage, lojas de ténis, lojas de roupa da mais comercial e da mais alternativa. Há de tudo. Para todos os gostos.
As flores cor-de-rosa dão um encanto extra à extraordinária rua.




quarta-feira, 6 de outubro de 2010

London - Day 2

Dia Dois.

Depois do delicioso chocolate quente do pequeno-almoço, partimos à aventura. O segundo dia estava muito bem planeado e muito preenchido. A internet é realmente um fenómeno incrível: através de vários blogues foi fácil encontrar várias dicas sobre passeios a fazer em Londres.

Começámos então o nosso dia de uma maneira muito cultural: visitando o National Gallery. É na agitada Trafalgal Square que damos de caras com o imponente museu. Majestoso por fora, imaginem por dentro. Enormes escadarias e tectos pintados com delicadeza. E uma imensidão de salas para percorrer. Um labirinto infinito de portas que se abrem para o mundo da pintura.

Não resisti aos quadros de Leonardo DaVinci, de Rembrant, de Rubens e de Manet.
Apaixonei-me perdidamente por Van Gogh e Monet.
Uma mistura de várias épocas e vários estilos.

Já passava da hora de almoço quando saimos das salas do museu. A fome era muita e por isso fomos ao restaurante que estava mais à mão : o famoso McDonald's :P
Ainda passeámos pela praça da Trafalgar Square. Observei a imensidão de pessoas de todos os cantinhos do Mundo que aqui se reuniam. Sentados nas escadas, descansavam e preparavam-se, como eu, para mais uma tarde fantástica.

Novamente de mapa na mão, começámos a longa caminhada pelas ruas londrinas. Esta tarde iríamos conhecer a zona do Soho e o nosso objectivo era chegar a Covent Garden.


Através de uma rua estreita, chegámos a uma pequena praceta com um jardim: estávamos em Leicester Square. Segundo dizem, é conhecida por aqui serem feitas algumas ante-estreias de cinema super vip.

Seguimos até à imperdivel China Town. Notamos realmente uma diferença no ambiente, nas pessoas. Não que seja mau, mas notamos que ali estamos numa cultura diferente. A China Town é pouco mais do que uma rua. Uma comprida rua, mas apenas uma rua. Retive na memória as bancadas das mercearias cheias de frutos (ou legumes?) com formas diferentes e completamente estranhos para mim e os restaurantes com animais (igualmente estranhos) nas montras.


Continuámos até à zona onde em cada esquina é anunciado um musical diferente. Passámos pelo teatro onde está em exibição o "Mamma Mia", depois pelos "Miseráveis", pelo "Thriller" de Michael Jackson e por fim o "Hair".


No fim desta zona, voltamos a Piccadilly Circus, que já tínhamos visitado no dia anterior. Voltamos a seguir por uma rua escondida no meio da confusão e entrámos no coração do Soho.

Neste momento estávamos a seguir um mapa de um blogue escrito por um rapaz brasileiro. E ele dizia que seguindo por esta rua iríamos encontrar "uma linda pracinha no meio da confusão urbana".

E não é que encontrámos mesmo uma linda pracinha. Canteiros de flores coloridas dão vida à estátua que se encontra no meio da praça. Um passeio de pedra leva-nos até aos banquinhos de pedra. Se fizesse sol, diria que as árvores que lá estão foram estrategicamente colocadas para fazer sombra. Várias crianças brincavam, fazendo desta praça um local adorável.
Fiquei delirante quando na rua a seguir "chocámos" com um café português. "Vida e Café", assim se chamava. O menu em português trouxe-nos de volta a casa.
Virámos à esquerda na esquina a seguir e nunca pensei que uma rua pudesse ter tanta vida.

Estávamos na Carnaby Street.


quarta-feira, 29 de setembro de 2010

London - Day 1

Este Verão tive o privilégio de ir até Londres. Sete maravilhosos dias. A vontade foi de lá ficar.


Dia Um.


Ansiedade. Ansiedade ao rubro.
Chegada ao aeroporto de Heathrow por volta das dez horas. O clima é logo outro, vêem-se nuvens cinzentas a preencher toda a atmosfera. A primeira impressão que tive dos londrinos foi péssima, diga-se de passagem. Faltou um sorriso na cara fechada dos funcionários do aeroporto. Faltou simpatia e um pouco de compreensão. Não conseguiam dar informações e indicavam-nos sempre outro balcão para pedir ajuda.
Lá conseguimos dar com o metro e a viagem foi bastante agradável. Como em grande parte da viagem o metro não era subterrâneo, conseguimos rapidamente envolvermo-nos no ambiente londrino. Tive a sensação imediata de estar a ser transportada para as pitorescas casas dos filmes do Harry Potter. Casas de tijolo castanho, todas alinhadas e com flores à janela. Estava no meu paraíso.

Saímos em Earl's Court e foi aí que percebemos que estávamos um pouco longe do hotel. Foi aqui que percebi que a minha primeira impressão tinha sido errada: sempre que pedimos uma informação esta foi-nos dada com educação e boa disposição. Fizemos uma longa caminhada até que, por entre uma encruzilhada de ruas de West Kensigton, encontrámos o agradável hotel. A fachada verde e branca contrastava com as cores mais sóbrias do resto da rua.





O nome do hotel coincidia com o nome da zona e foi uma óptima escolha, tendo em conta os critérios qualidade/preço e localização.
Esquecidas as malas nos quartos, fomos à descoberta. Sendo o primeiro dia, decidimos percorrer livremente as ruas de Londres, passando pelos locais mais conhecidos. Facilmente saímos na estação de metro de Piccadilly Circus e entrámos no espírito citadino. Como típica turista, saí à rua de mapa na mão direita e máquina fotográfica na esquerda. É excitante querer captar tudo o que está à nossa volta, absorver com os nossos olhos tudo o que estamos a presenciar. É mágico.
Em Piccadilly Circus encontramos os painéis publicitários da Coca-Cola, Sanyo, etc. É a Times Square em miniatura. Pudemos também ver a fonte onde está a conhecida estátua de Eros (que comemora os trabalhos filantrópicos do Lord Shaftesbury). Encontramos também pessoas de todos os lados, de todas as origens, de todas as etnias, de todas as culturas. Piccadilly Circus está em constante hora de ponta, o movimento não pára. Aqui vi, pela primeira vez, os famosos táxis e os autocarros de dois andares.


Optámos, de seguida, por descer a rua em direcção a Trafagal Square. Não foi bem esse o destino que tivemos já que fomos ter ao St. James Park. Fácil foi perceber que era complicado atravessar a estrada. Por muito que estivesse escrito "look left" ou "look right", os nossos sentidos diziam-nos outra coisa. Ah, atenção aos ciclistas, que andam a alta velocidade pelas ruas e jardins.

Continuámos e fiz a minha primeira paragem obrigatória: 10 Downing Street. Confesso que fiquei um pouco desiludida já que a rua está sempre fechada e com guardas à volta. Estava à espera de ficar mesmo em frente à casa do Sr. Primeiro Ministro. Ilusões criadas pelas aulas de Inglês para Jornalismo ;)

Fiquei imediatamente rendida ao ambiente dos pubs ingleses. Para além do aspecto exterior ser lindíssimo (com flores super coloridas a cairem das janelas), estão sempre animados. Percebemos, nos restantes dias, que os pubs são paragem obrigatória depois da hora do expediente: por volta das 17h, a zona exterior é ocupada por pessoas de fato e gravata e cerveja (ou pint) na mão. Engraçado como é tão diferente dos hábitos portugueses.



O nosso passeio continuou até à zona de Westminster. Pudemos ver o imponente Big Ben. Deslumbrantes foram também as Houses of Parliament. Pensava que, por serem zonas tipicamente turísticas, não iam ter muita piada. Pois aconteceu-me o contrário. Fiquei de boca aberta com a classe daqueles monumentos. E saber que estão carregados de História! Uau!
Atravessámos o rio Tamisa e fomos arrastados pela multidão até ao London Eye. Uma atracção irresistível. Quem tem medo de alturas que deixe de o ter. É imperdível. A vista sobre a cidade é de cortar a respiração! Ficam algumas fotografias:


Demos por terminado o passeio à hora do jantar. Aproveitámos para uma experiência nova: um restaurante mexicano, na zona do Southbank Centre. Confesso que se o picante fosse em menor quantidade, tinha sido óptimo. A música era alegre e o espaço moderno e colorido. Apercebi-me de que os londrinos falam muito alto. Gostam de gargalhadas sonoras. Não repetimos este restaurante.
Voltámos ao hotel exaustos, mas rendidos a Londres.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Quem é o artesão moderno?

«Cores fortes. Formas divertidas e doces. Estas são algumas das qualidades que nos atraem para a banca que Vânia tem na Praça da Alegria. A jovem de vinte e dois anos gosta de ver o sorriso que as pessoas esboçam quando olham para as suas peças. Gosta de adocicar quem passa, até porque “estes doces não fazem mal nenhum”.
Cinco anos depois do início desta aventura, Vânia participa nas feiras de artesanato sobretudo como um hobbie: “tenho um outro trabalho e por isso não é pelo dinheiro que cá venho”. “Gosto do convívio, da música e de ir conhecendo melhor o público”, conta-nos.
Esta verdadeira auto-didacta trabalha em massa de modelar: o fimo. Fanática por doces, inspira-se naquilo que gostaria de usar. “Aprendi tudo sozinha e vem tudo da minha cabeça; vou experimentando muito, misturando as coisas, dando as formas”. Mas são as pequenas peças que a fascinam. Quanto mais pormenores, melhor. Maior o gozo. Gosta que o público reconheça o árduo trabalho que está por trás. No entanto, “ainda é difícil cativar as pessoas”.
“Há um bocadinho de tudo”. Há quem passe, admire, mas não compre. Há quem passe, desvalorize o trabalho e continue o seu caminho. Há quem passe, que fique para dois dedos de conversa, que conheça e que compre. O preço nunca pode ser muito alto.
Para além das feiras, as peças de Vânia estão em duas lojas de Setúbal. Mas a internet dá uma grande ajuda na divulgação. Através do myspace, estabelecem-se contactos e podem até fazer-se encomendas.
“O meu sonho é abrir uma loja”. Uma loja com espaço para o artesanato e para os bolos caseiros. “Mas aqui em Portugal é um pouco difícil explorar este ramo”, desabafa. O futuro é cheio de ideias que, pouco a pouco e com muita imaginação, vão sendo alcançadas.
“Neste momento, vou fazendo estas peças e vou continuar a vir às feiras. Não gostava de parar já”.



Ao passarmos pela banca da Gabriela, nunca a vemos parada. Chama-nos a atenção o trabalho constante. A curiosidade é mais forte. Queremos saber o que vai sair daquelas habilidosas mãos. “Se eu pudesse ficar em casa a fazer as peças e tivesse alguém que viesse às feiras, era óptimo; ficava em casa a trabalhar… nem considero aquela história do trabalho ser penoso, porque eu adoro”.
Com vinte e sete anos, Gabriela estuda Joalharia, no Centro de Arte & Comunicação Visual. Ao mesmo tempo, ocupa os seus dias a preparar a tese do mestrado em Design de Joalharia. Licenciada em Estudos Portugueses, chegou a estar um ano e meio a fazer um curso na escola Contacto Directo. “Estes cursos influenciam muito o que faço, porque vou aprendendo novas técnicas e vou trabalhando com novos materiais, acabando assim por conseguir transmitir isso nas minhas peças”.
O único rendimento que tem ganha-o com as peças que vende nestas feiras. “Tenho também uns pais amorosos, que me ajudam muito”, confessa. A crise é um factor muito preocupante para quem se dedica a este estilo de vida: “as pessoas cortam logo nas vaidades, ficam com os bens essenciais e isto é posto de parte.”
Gabriela trabalha com diversos materiais: dos arames à prata, do cabedal ao fimo. Gosta de se sentar e ir deixando as peças fluírem. Estes trabalhos estão também em algumas lojas espalhadas por todo o país. “As lojas normalmente o que fazem é comprar umas cinquenta peças e depois vão vendendo; compram também de outros artesãos e, normalmente quando o stock acaba, vão à procura de outras pessoas para terem sempre novidades”.
Grande parte da divulgação é feita pelos amigos, que vão espalhando a palavra. “Tenho também um blog”, onde exponho as peças e vou contando as novidades”.
“De momento, não é possível viver só disto”. Gabriela, no entanto, vai fazendo figas e torcendo para que a actual situação melhor. “Adorava continuar e fazer assim a minha vida”.



Roland Altmann é alemão e mora em Portugal há quase dez anos. O seu trabalho destaca-se de todos os outros pela originalidade. Pelo brilho das peças. Pelo trabalho preciso.
Foi em Berlim, durante a década de oitenta, que começou a procurar âmbar. Encontrava o material em forma de resina fossilizada, em escavações de areia ou antigas zonas de construção. Começou a trabalhar com ferramentas rudimentares e foi aperfeiçoando a técnica ao longo do tempo. “Na Alemanha, cheguei a fazer um curso de joalharia mas de resto sou auto-didacta”. Contudo, afirma que este curso não influenciou muito o seu trabalho porque agora dedica-se mais à lapidação. “Gosto muito de descobrir uma gema que está dentro de uma pedra em bruto; é sempre um desafio técnico e também criativo”.
Com quarenta e seis anos, dedica-se exclusivamente ao artesanato. Roland tem na zona da Graça um ateliê/galeria onde, juntamente com a mulher, produz as peças e as expõe. “Há sempre altos e baixos, mas vamos seguindo. O importante é gostar daquilo que fazemos, gostarmos do nosso trabalho”.
Para além da galeria, Roland participa em diversas feiras de artesanato. “Nas feiras é bom porque estou com mais pessoas; também gosto muito de estar na galeria, porque posso mostrar mais coisas e até faze-las na hora”. Podemos também encontrar as peças no site de Roland.
O futuro passa por continuar por Portugal. Apesar de, na sua opinião, Portugal ainda se estar a desenvolver no que toca ao mercado do artesanato urbano.


Ercilio, sessenta e dois anos, é reformado. Encontra no artesanato uma forma de ocupar os tempos livres e, ao mesmo tempo, ter um complemento à reforma: “Gosto daquilo que faço e ainda me pagam”. Tem a vantagem de, se quiser, trabalhar doze horas seguidas e depois estar três dias sem produzir. “Se só dependesse do dinheiro que aqui faço, não estava aqui”, afirma.
Para Ercilio, tudo começou com a ideia de refazer a imagem de Santo António: “eu coleccionava imagens do Santo António há muito tempo e, sem copiar, fui criando, fui aperfeiçoando”. Depois, surgiu a ideia da imagem de Fernando Pessoa. E, assim, as peças foram surgindo.
Trabalha, sobretudo, com materiais recicláveis. Aproveita também arames e alumínios, pasta de modelar e gesso. Os últimos retoques são dados com tintas aquosas, para que as limpezas sejam mais fáceis. Para todas as feiras, faz questão de levar a base das peças, para que todos possam ver de onde nasceram. “Não me importo de dizer como se faz porque ninguém consegue”.
Conta-nos que estas feiras começam a ser mais selectivas com as pessoas que vêm expor os seus trabalhos. É necessário passar por um processo de selecção e, às vezes, uma entrevista pessoal. “Tenho a vantagem de as minhas peças serem muito originais e, por isso, não ser recusado nas feiras”. Acredita que esta triagem é boa e necessária, “porque não queremos as feiras transformadas numa feira da ladra; a ideia não é bem essa”.
Ercilio é um auto-didacta e faz a divulgação das peças através de um blog e, sobretudo, nestas feiras por Lisboa e Cascais. Já teve convites para estar em diversas lojas, “mas não é para aí que estou virado”. Tenta manter as peças a um preço baixo pois reconhece que “as pessoas não têm dinheiro para comprar”. “Eu não considero isto arte, considero artesanato e portanto tem de ser artesanato; quem quiser ser artista, tem muita dificuldade neste momento; é a crise efectivamente!”
As novas tecnologias são também uma forma de todos os colegas comunicarem e irem trocando experiências. As constantes mensagens no Facebook confirmam este crescimento do número de pessoas que se dedica ao artesanato. “Há centenas de pessoas: pessoas que ficaram sem trabalho e que começaram a fazer umas coisas, pessoas que precisam dum complemento ao ordenado e pessoas que têm um certo jeitinho e vêm para as feiras”.
Ercilio quer continuar a participar nestas feiras de artesanato. Quer estar à vontade naquilo que produz. “Até aos 101 anos, se for possível”, brinca. »








(reportagem feita no âmbito de ateliê de jornalismo digital)

domingo, 9 de maio de 2010

world press photo 2010

Hoje tive o prazer de ir até ao Museu da Electricidade, em Lisboa, ver a exposição do World Press Photo 2010.
Foi muito agradável ver o espaço cheio de gente.
Adorei a maioria das fotografias. Umas pela sua extrema beleza. Outras por conseguirem captar de forma fantástica determinados momentos. Com algumas fiquei chocada. Apeteceu-me fechar os olhos, ignorar aquela realidade. Com outras fiquei espantada: como é que o jornalista conseguiu apanhar aquele momento?
Foi sem dúvida uma tarde bastante inspiradora. Tive foi pena de não haver nem um jornalista português premiado. Tenho a certeza que temos um óptimo fotojornalismo -talvez não tenhamos trabalhado em temas tão fortes quanto aqueles que foram premiados.
Sinceramente, a fotografia que foi a mais falada nos meios de comunicação social (a que ganhou o prémio "World Press Photo of the Year", de Pietro Masturzo, e que mostrava o desagrado de algumas mulheres pelo resultado das eleições no Irão) não foi a que mais me chamou a atenção. Na minha opinião, havia outras tantas com um conteúdo bem mais forte - por exemplo, as fotografias de uma reportagem sobre os bombardeamentos na Faixa de Gaza, fotografias de soldados americanos, entre outras tantas.

Para quem tenha curiosidade, o World Press Photo vai continuar em Lisboa até ao dia 23 de Maio. A entrada é gratuita.
Para quem quiser dar um olhinho enquanto está por casa, pode sempre visitar o site: http://www.worldpressphoto.org/index.php?option=com_photogallery&task=blogsection&id=20&Itemid=257&bandwidth=high

terça-feira, 27 de abril de 2010

Homossexualidade

Hoje, na sic, deu uma reportagem sobre filhos de casais homossexuais.
Estas crianças (e adolescentes) crescem como crianças normais. Brincam, fazem birras, aprendem. Tudo normalmente.
O seu maior desejo é que as pessoas sejam mais compreensivas em relação às suas mães, ou aos seus pais. Não gostam quando, na escola, falam mal da sua família.
Estas crianças nasceram de antigas relações heterossexuais ou por inseminação artificial. Dois destes jovens tiveram a hipótese de morar com outra parte da família, mas escolheram as duas mães ou os dois pais.
Isto se calhar significa alguma coisa... se calhar os casais homossexuais deviam ter o direito à adopção de crianças. Eu sempre fui a favor e acredito que esta reportagem consiga abrir muitas mentalidades. Ou pelo menos espero que sim.
Qualquer pessoa tem acesso à inseminação artificial, independentemente do estado civil e da orientação sexual. O que significa que uma pessoa homossexual pode sempre ter um filho biológico. Ora então porque não pode adoptar? Uma pessoa homossexual pode sempre recorrer a um amigo ou amiga para ter um filho biológico. Ora então porque não pode adoptar?
Na minha ideia, uma criança está muito melhor numa família do que numa instituição. Uma criança merece todo o carinho e apoio de uma família. Uma instituição não consegue, por muito que tente, substituir uma mãe ou um pai.
Ou duas mães ou dois pais :)

Feira do Livro 2010




Realiza-se a partir do dia 29 de Abril de 2010, até ao dia 16 de Maio, a 80ª Feira do Livro de Lisboa, no Parque Eduardo VII.


Esta feira é organizada pela Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) e acontece desde Maio de 1930. Já passou por vários locais emblemáticos de Lisboa: Av. da Liberdade, Rossio, Rua Augusta e Praça do Comércio.


Nesta feira há lugar para as mais recentes novidades no mundo dos livros mas também para as relíquias mais antigas. Há lugar para o todo o tipo de pessoas, de todas as idades e de todos os sítios.




Lembro-me de ir à Feira do Livro. Mas também me lembro de não ir lá há muito tempo.


Quero ver se este ano lá volto. É sempre um bom passeio.

terça-feira, 20 de abril de 2010

"Foder e ir às compras"

"Foder e ir às compras".
Este título chamou-me à atenção, pois claro.
Este é o título de uma peça de teatro que vai estar em exibição no Teatro São Luiz, de 29 de Abril a 15 de Maio.
Este título tão chamativo fez-me ir pesquisar um pouco sobre o que trata esta peça. Eis então o que descobri:


"Esta inspirada peça de Mark Ravenhill congrega toda a sua brutalidade, inteligência e ironia no título, que nos faz mergulhar imediatamente no seu imaginário. De facto, há dois planos políticos que se entrecruzam e tecem a peça: Foder e ir às compras é, por um lado, um check-up à sociedade de consumo e, por outro, revela uma sensibilidade extrema quanto à dinâmica das relações. Mark, um toxicodependente em recuperação, comprou Robbie e Lulu no supermercado, duas pessoas que passaram assim a viver com ele e a ajudá-lo no seu tratamento. Diz procurar relações que não signifiquem nada, que sejam como transacções, uma vez que proclama “nada de dependências”. São personagens que usam o dinheiro como anestesia, que fazem do consumo uma vacina para o desejo, para, no limite, se tornar explícito que não dá. Não funciona. E no entanto vai funcionando... Uma reflexão sobre a globalização, a violência e o corpo, questões que estão definitivamente instaladas nas sociedades contemporâneas e que se materializam em aberturas e rasgos no cenário de cartão e em actores que vomitam palavras."

(sinopse do site do Teatro São Luiz)

"Foder e ir às compras" ganhou o Prémio da Crítica 2007 da Associação Portuguesa de Críticos de Teatro e já esteve em exibição no Centro Cultural de Belém em 2007.

Fiquei bastante curiosa.
Se alguém estiver interessado em ir ver, dê uma apitadela.

Pensamento

Hoje saí do Alentejo e estava um sol brilhante e um calor agradável.
Cheguei a Lisboa e fui surpreendida pelo céu cinzento e pela chuva.
Isto assim não pode ser...

Já sonho com os passeios à beira mar. Com os pés descalços molhados pelo mar. A brisa fresca. O calor abrasador. Este contraste perfeito.

Já espero acordar bem de manhãzinha e ir andar pelo paredão do Estoril. Ou pegar na bicicleta e ir até ao Guincho. Aproveitar a sorte de ter uma paisagem tão bonita, tão perto de mim. Sentir-me inspirada.

Aproveitar a minha sobrinha e ir brincar na areia. Ah, que saudades de construir castelos e piscinas oceânicas. Não há melhor tempo que a infância, sem dúvida.

Espero que o calor chegue definitivamente :)

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Londres

Em Agosto estarei a caminho de Londres.
Estarei a caminho de uma das cidades europeias que mais ansiava conhecer.
Quero passear pelo Hyde Park e pelas margens do rio Tamisa. Se conseguir, dar um pulinho ao 10 Downing Street. Fazer compras em Notting Hill e passar por Piccadilly Circus. Experimentar os conhecidos fish 'n' chips ou ir jantar à china town.
Caminhar por Londres sem destino concreto e aproveitar ao máximo.

Só espero que o vulcão da Islândia, que hoje se lembrou de encher o céu com cinzas, não faça o mesmo no Verão. Este amiguinho vulcão levou ao encerramento dos principais aeroportos europeus e ao cancelamento de muitos e muitos voos...

Em breve espero colocar aqui vários textos inspirados em Lisboa, escritos para a disciplina de ateliê de jornalismo digital. Esperemos pelo inicio das aulas :)

domingo, 14 de março de 2010

Moda Lisboa 2010

E o meu domingo cultural continuou. Uma cultura diferente. Moda.


A Moda Lisboa, após dois anos em Cascais, voltou a Lisboa. Ao Terreiro do Paço, mais precisamente. No último dos quatro dias, eu consegui estar presente. É certo que de moda não percebo muito, nem estou muito na moda, mas todo este mundo fascina-me e conseguir observá-lo de perto foi fantástico!

Tantas pessoas, tão diferentes. Os homens muito mais produzidos, sem dúvida. As mulheres, altíssimas, com sapatos que as fazem ainda maiores. Roupas originais com penteados a condizer. Maquilhagem por todo o lado. Beleza por todo o lado. Beleza para todos os gostos. Brindes para quem quiser. Muito obrigado, desde já.

Apesar de ter convites para vários desfiles deste dia, acabei por ir apenas a dois. Visto que tudo o que é chique acaba por se atrasar, os desfiles já iam com 45 minutos de atraso. Aproveitei então Filipe Faisca e Nuno Gama. O primeiro um desfile feminino e o segundo masculino. Visto que não estou muito dentro deste meio, apenas conhecia os estilistas de nome e por isso tudo me surpreendeu. Pela positiva.

Filipe Faisca com uma colecção em tons escuros, logo para começar. Os cremes acabaram por aparecer assim como os cor-de-rosa. Vestidos bastante agradáveis e ideias originais.
Nuno Gama com uma colecção de casacos e camisas que a mim me pareceram um pouco repetitivas, mas agradáveis à vista. Também algumas camisolas de lã - foi o que me pareceu- em tons mais simpáticos, como o azul claro.

Tive foi muita pena de não conseguir fotografias de jeito! É que atrevo-me a dizer que nenhuma ficou em condições. Infelizmente.

Uma experiência que gostaria de repetir :)

Do que mais ou menos se aproveita...



(o meu vestido favorito)




Joana Vasconcelos @ CCB

Hoje tive um domingo muito cultural.
A começar pela visita à exposição de Joana Vasconcelos, no Centro Cultural de Belém. Sim, aquela que teve a criatividade para pegar em vinte mil tampões e construir um lustre!
Na minha opinião, esta é uma exposição bastante agradável, com criatividade a rebentar pelas costuras. Joana Vasconcelos pega em peças do nosso dia-a-dia e transforma-as em verdadeiras obras de arte. Se calhar pensamos à primeira vista: "oh, também eu era capaz de fazer aquilo". Mas e pensar em fazê-lo? E ter aquela ideia genial? Se calhar, não é qualquer um que consegue.
Muita cor e boa disposição. É o que vos espera caso visitem o CCB até dia 18 de Maio.

Ao entrar somos recebidos por uma bola feita exclusivamente de balas. Depois podemos ver vários collants. Vários não. Muitos, mesmo. Todos de cores berrantes. E giram. E fazem um efeito fantástico. De seguida, o tão conhecido lustre de tampões. É incrível como todos estão ligados e como juntos fazem aquela imagem tão bonita.


Entramos então nas salas da exposição.





Começamos com várias zonas dedicadas a trapos. Muitos trapos. Muitos panos. Vários tecidos, várias texturas. Croché, luvas, soutiens, brilhantes, pins. Tudo cosido e preenchido com enchimento (daquele dos peluches). E tudo forma uma só peça. Esta ocupa pelo menos duas salas. Está pelo chão e sobe pelas paredes. E envolve-nos num mundo de fantasia.

E continuamos então.
Encontramos dois carros. Um que vai a caminho de Fátima, de certeza. Está carregado de imagens de Nossa Senhora. Fluorescentes. Outro é um táxi decorado com faróis de vários carros. Brilhante.





Temos também a Cinderela. Um sapato gigante feito de panelas. De todos os tamanhos. Muito elegante, sem dúvida.

Esta é uma exposição interactiva. Há um carrossel feito com confortáveis cadeiras, que podiam ser de uma qualquer sala de estar. Eu aproveitei para dar uma voltinha eh!
Podemos também secar os nossos cabelos num conjunto de secadores que se ligam automaticamente quando nos aproximamos. E poderiamo-nos sentar numa cadeira feita de aspirinas ou numa cama feita de valium.
Encontramos então os cães de loiça. Também famosos, para quem conhece a obra de Joana Vasconcelos. A esta altura da exposição, estes cães já foram tanto uns contra os outros que se foram partindo. No chão podemos ver então o que lhes falta. Isto foi tudo planeado, obviamente.






Para a despedida temos três corações. Feitos de colheres, facas e garfos de plástico.
E acabamos com um jardim às escuras. Somos guiados por um caminho de flores que brilha à luz negra. Muito bonito. Parece que entramos num outro mundo, que vamos chocar com tudo, que não conseguimos encontrar a saída. Mas depois habituamo-nos à escuridão e podemos desfrutar do brilho daquelas flores.

Um bom momento de arte contemporânea.
E foi agradável ver tanta gente no CCB. É bom saber que os portugueses interessam-se por coisas novas e que reconhecem quem o merece.

Aconselho a quem queira passar um bom bocado. E como lanche, uns belos pastéis de Belém :D

sexta-feira, 12 de março de 2010

Reportagem

Acabo de assistir na SIC a uma reportagem, de Pedro Coelho, sobre a tragédia na Madeira.
Um tema bastante forte para todos nós. Pensamos sempre que só acontece aos outros. Quando falamos de nós mesmos ou quando nos referimos ao nosso país. Até que chega o dia em que o imprevisivel nos bate à porta.
É impossível conseguir perceber o real sofrimento das pessoas que viram a lama entrar pela sua casa, que viram a água arrastar pessoas conhecidas ou que viram o vento a destruir tudo o que conheciam. É impossível sentir a verdadeira tristeza das pessoas que viram a vida virada do avesso em poucos minutos.
Pedro Coelho fez um trabalho fantástico com esta reportagem. Depois de tantas aulas a falar do sentimento que se deve transmitir numa reportagem e da necessidade das palavras serem poesia, hoje percebi verdadeiramente o porquê. Toda a voz off de Pedro Coelho era poesia. No meio da tragédia, as palavras eram bonitas. Não eram frases simples. O tema também não o era.
São reportagens destas que me fazem ter orgulho no nosso jornalismo. São reportagens destas que me fazem desejar ser jornalista. Que me dão vontade de trabalhar arduamente.
Mas há sempre aquele receio de não conseguir. De não ser suficientemente talentosa.

Mas isso só me dá vontade de trabalhar ainda mais :)

terça-feira, 9 de março de 2010

Imagem

No âmbito de uma das disciplinas do meu curso - Ateliê de Jornalismo Televisivo - andámos, na última semana, a fazer umas gravações dentro e fora da escola.
De câmara ao ombro ou de câmara no tripé, acho que descobri o que gostava de fazer no futuro. Se calhar devia era estar no curso de Audiovisual. Ou talvez esteja bem onde estou.
Ando a pensar fazer um mestrado em realização ou pós-produção de cinema.

Vamos ver como tudo corre :)

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Próximo Presidente da República

Fernando Nobre a próximo Presidente da República.
Espero sinceramente que isto se realize.

Mais considerações num futuro próximo.
Fiquei muito contente com esta notícia.

Com um Presidente destes, de certeza que me levantava quando ele entrasse numa sala :)

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Precious

Nestes últimos tempos tenho ido muitas vezes ao cinema com os meus pais. São uns bons momentos em família.

E é precisamente isto que falta a Precious, uma rapariga de dezasseis anos que mora em Harlem.

Um filme muito forte, muito poderoso e com bastante carga emocional. A personagem principal não é uma mulher linda, alta e magra. Não é feliz. Não vive numa casa fantástica. Não tem dinheiro. Não tem estudos.
Tem uma família sem nenhuma base estrutural. Tem uma mãe horrível, que a rebaixa todos os dias e a toda a hora, que abusa dela - física e psicologicamente. Para nem falar do pai. Está grávida do segundo filho. Mas nunca teve um namorado. Nem amigos. Na escola, sofre com os constantes olhares dos colegas para a sua figura roliça. Sofre de discriminação. Nas aulas quem manda são os alunos, por isso é impossível aprender alguma coisa. Mal sabe ler. Mal sabe escrever.

Precious é expulsa da escola por estar grávida. Este é o acontecimento que vai mudar completamente a sua vida. Com o apoio da directora da escola, Precious é encaminhada para um centro de educação completamente diferente de tudo o que ela está habituada - "Each One, Teach One". Aqui, o método de ensino é novo - as alunas são obrigadas a passar as aulas a escrever. Uns temas dados pela professora,outros escolhidos por elas. E é assim que elas começam a ganhar percepção do que é a sua vida.
Precious tem a sorte de ter uma excelente professora, que se preocupa com ela, que a acarinha, que a ajuda e encoraja. Nada a que ela esteja habituada. As colegas de turma tornam-se suas amigas, o que também uma novidade.

O nascimento do segundo filho vai revolucionar a vida de Precious. A rapariga que é subjugada por todos vai crescer e impor-se. Vai, finalmente, viver.

"Precious" foi nomeado para três Globos de Ouro - "Melhor Filme Dramático", "Melhor Actriz Principal" e "Melhor Actriz Secundária" - e seis Óscares - "Melhor Actriz Principal", "Melhor Actriz Secundária", "Melhor Filme", entre outros que destacam a direcção, produção e o guião deste filme.
Destaco sem dúvida as actrizes deste filme. Não as conhecia mas achei que tiveram um desempenho fantástico - Gabourey Sidibe, Mo'Nique e Paula Patton. Também de destacar as participações de Mariah Carey e Lenny Kravitz. Ah, e este filme teve a ajuda de Oprah Winfrey na produção.

"Precious" é um filme baseado num romance de Sapphire. Apesar de não ser baseado numa história verídica, acredito que esta seja a história de muitas pessoas. Infelizmente, existem muitas pessoas por todo o Mundo que não podem contar com o apoio da própria família e que não sabem como fugir a tudo.
Felizmente, não é o meu caso. Acho cada vez mais que temos de valorizar o que temos e deixar de pensar no que não temos.

Deixo aqui o trailer para os curiosos :)



sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Muito original ;)

Vi este video no facebook de um primo meu.
Super criativo :D


terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Avatar



No passado domingo fui ver o tão falado "Avatar". Confesso que me tinha fartado de refilar e que tinha dito imensas vezes que o filme não era nada de jeito e que o dinheiro gasto para o ver seria um desperdício.


Agora, confesso estar errada.


O filme encantou-me de uma tal maneira! Muito bom, sinceramente.


A história está baseada na conquista de um novo mundo - Pandora - e sobretudo nos interesses económicos das descobertas aí feitas. Esta história faz-nos lembrar a época dos Descobrimentos, quando Portugal e Espanha descobriram as Américas e as suas preciosidades e decidiram aniquilar as populações que já aí viviam de forma a ficarem com tudo para eles. Podemos também pensar nos tempos de hoje, onde anda tudo louco para dominar os países que produzem petróleo.


A história de "Avatar" passa-se num tempo já muito evoluído e em que é possível aos Humanos (os dominadores) transformarem-se nos seres que habitam Pandora. Assim dito parece mais uma pateta história de ficção cientifica. Mas não.


Já tinha ouvido criticas muito boas às imagens do filme e posso concordar completamente. As paisagens do planeta são bastante bonitas. Muitas flores, muito coloridas e extravagantes. O ambiente à noite é indescritível, é como se milhares de luzes negras iluminassem tudo e tudo brilha. Existem montanhas flutuantes, cascatas onde a água se transforma em vapor... existe um mundo de fantasia fantástico! A história de uma cultura, cheia de tradições, atitudes próprias e locais de culto.


E, claro, há uma bela história de amor :)

sábado, 30 de janeiro de 2010

Petições Públicas

Uns amigos meus resolveram começar uma petição pública num site para o efeito. A dita petição pede que os Da Weasel façam, pelo menos, um concerto em 2010. Isto vem no seguimento da pausa que os DW decidiram fazer o ano passado. Uma pausa na actividade - se bem que alguns membros da banda continuam com os outros projectos, com outros concertos, continuam a dar entrevistas ... eu pensava que as férias seriam umas férias da vida pública, mas pelos vistos foram só umas férias da banda Da Weasel. E isto, para quem gosta realmente da banda, das músicas, dos concertos, do ambiente, das pessoas que como nós também estão presentes, faz-nos falta. Os concertos são como uma fuga da rotina, uma escapadinha a tantos locais de Portugal que nunca tinha visitado nem nunca me tinha lembrado de visitar. Por isso, gostei muito desta ideia da petição. (quem queira ajudar é só ir a Petição Pública "Da Weasel - Por um Concerto" ).

Enquanto me encontrava neste site descobri também muitas petições engraçadas. Vou nomear umas quantas:
- "5 para a meia noite mais cedo" (este é um programa da rtp2 que começa por volta da meia noite e meia e pelos vistos há quem queira que ele comece mais cedo)

- "Revisão da votação dos Ídolos" (nem comento)

- "Reposição do nome original da ponte Salazar" (volto a nem comentar para nem me exceder nos comentários...)

Existem muitas outras mas pronto.
Também existem umas mais serias onde se pede que se baixem os impostos na música, que esta ou aquela banda venha a Portugal, que se dignifique esta ou aquela profissão, etc.

Esta é a beleza da liberdade de expressão. Nem todos concordamos com o que os outros dizem. Mas todos temos o direito de pedir algo, de querer algo, de lutar por algo. (por isso é que o nome de Salazar, na minha opinião, não deve ser glorificado, raios o partam por tanta maldade que fez).

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Diana

Um elogio a todos os bebés. As coisas mais queridas do Mundo. Nenhum deles merece o sofrimento pelo qual alguns deles passam.
A minha Diana, a sobrinha mais linda :D


quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Lisboa

Inspirada no blog "Sítios daqui e dali" , da Kimi, apetece-me falar da minha cidade preferida. Lisboa. Sem pensar em todas as confusões burocráticas do nosso país, tenho de admitir que temos a cidade mais linda do mundo.

Uma cidade que mistura história com modernidade. Pequenas casas com grandes prédios. Jardins com auto-estradas. Lojas tradicionais com centros comerciais. Bairros sociais com casas luxuosas. De tudo um pouco, cabe tudo nesta cidade.

Senhoras à janela espreitam, curiosas. Crianças brincam, com o Parque Eduardo VII como fundo. Carros descem a Avenida da Liberdade entrelaçados com as árvores. Pela calçada do Chiado e do Bairro Alto, toda a gente caminha, espreita, aprecia. À beira rio, as gaivotas voam por cima das cabeças, que lá de cima parecem pequenas. Lisboa cheira a flores na Primavera, manjericos no Verão, Castanhas no Outono e chuva no Inverno. Alfama fez parte da minha infância.

E ainda não falei das zonas mais modernas. Alta de Lisboa e Oriente, gostava de lá morar.
E temos o oceanário, o jardim zoológico, tantos e tantos teatros, um castelo, estádios de futebol, exposições importantes, o Pavilhão Atlântico, o Casino... Temos de tudo. Para todos os gostos.

Em 2009, Lisboa foi eleita como melhor destino turístico da Europa. Muito orgulho :)

Centros de Saúde

Já não me lembrava da última vez que tinha ido visitar a minha médica de família, a Dra. Gabi como muito carinhosamente a tratamos aqui por casa.
Pois bem, tinha consulta marcada para as 14h30. Estava esperançosa que neste novo Centro de Saúde, todo xpto, todo bem equipado e modernaço, não haveria atrasos nos atendimentos.
Enfim, esqueci-me que estamos em Portugal.
Cheguei lá e deparei-me com uma máquina novinha que serve para tirarmos senhas de atendimento - para substituir (nem sei bem o nome daquilo) aquelas maquinas vermelhinhas que todos nós conhecemos. Pois bem, fiquei mais de cinco minutos especada a olhar para aquilo, com o cartão de utente lá enfiado, sem que nenhuma senha saísse. Tive de desistir. Foi quando fui falar com a senhora secretária que me informou que quem tem consulta marcada não tem de tirar senha. Ahhh, já podiam ter avisado...
Isto eram 14h - fui mais cedo e tudo para o caso de algum problema. Descobri que afinal a minha consulta era às 15h15! Que desespero...
Entreti-me a ler e a ouvir a conversa dos outros pacientes :P estes pacientes eram já idosos e adoram refilar com tudo o que se passa à sua volta. E são muito atentos. Eu concordo com eles e até me ajudaram a descobrir que nos 45 minutos que já tinham passado a minha médica não tinha ninguém no consultório dela mas também não chamava ninguém.
Vá lá que só tinha uma pessoa à minha frente.
Quando foi a minha vez estive no consultório nem 10 minutos. A médica passou os exames e mandou-me voltar quando estivessem prontos. Agora basta esperar que marquem os exames, que me chamem para ir buscá-los e aguentar mais um mês até outra consulta.
O que vale é que não tenho nenhum problema assim urgente, senão, com este tempo todo de espera, quando chegasse a altura, já estava mais morta que viva.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

A Cidade


Estreia no próximo dia 14 de Janeiro, a nova peça do Teatro S. Luiz, em Lisboa. O elenco é completamente de luxo: Bruno Nogueira, Maria Rueff, Nuno Lopes, Gonçalo Waddington, Dinarte Branco, entre outros. A encenação é de Luís Miguel Cintra.


Sinopse por Luís Miguel Cintra:

Diz-se que foi na Grécia Antiga que nasceu a Civilização Ocidental e que foi em Atenas, vários séculos antes de Cristo, que nasceu a Democracia. Nas comédias de Aristófanes, por sinal um conservador, no violento e insurrecto humor com que nelas retrata a vida daquela cidade ‘perfeita’, nestes textos escritos há 2.500 anos, fomos encontrar o material para a composição do guião deste espectáculo. É com as confusões e as dificuldades da vida numa sociedade que se quer democrática, a corrupção da sua política, o seu desejo de paz, as suas saudades do campo, a maneira como convive com os seus ‘poetas’, as peripécias sexuais e conjugais que se geram na coexistência do público e do privado, em suma, com a vida da polis, e através das mais que inevitáveis semelhanças com os contratempos dos nossos dias, que este espectáculo quer brincar. Uma grotesca metáfora de todas as Cidades, construída por um grande grupo de actores no palco do São Luiz, teatro da cidade de Lisboa.


Os preços são bastante acessíveis: 25€ para a 1ª plateia e 20€ para a segunda e com possibilidade de 50% de desconto para estudantes! Há também um preço especial de somente 5€ para menores de trinta anos.


Enfim, estou ansiosamente ansiosa para ir ver "A Cidade" :D :D

2000 - 2010

O meu blog anda um pouco esquecido ... a culpa é minha, é claro. Mas também é da escola, da preguiça, do frio e da preguiça outra vez. Ah, e da falta de imaginação.

Mas estou de volta e começo por fazer um flashback desta década de passou. Sinceramente, as coisas que mais me marcaram foram pelos piores motivos. O 11 de Setembro, os atentados de Madrid e Londres, o tsunami, o Sócrates, o Cavaco Silva, a crise, as guerras no Afeganistão e no Iraque, as alterações climatéricas, o desaparecimento de tantas e tantas crianças, a queda da ponte de Entre-os-Rios... Mas também aconteceram coisas boas... Foi uma década de grande desenvolvimento tecnológico, do Euro 2004, de grandes festivais em Portugal, do Harry Potter e do Dan Brown, das redes sociais, dos voos low coast...
Pessoalmente, foi uma década em que cresci muito (tinha dez anos agora já tenho 19 xD). Já tenho carta de condução, já estou na faculdade, já voto, já tenho opiniões formadas, já tenho muitos sonhos. Viajei até Barcelona e Paris e fiz muitos passeios por Portugal inteiro. Fui a muitos concertos, conheci muitas pessoas, fiz grandes grandes amigos, ganhei muita cultura. Ganhei uma sobrinha e apaixonei-me. Pessoalmente, tive mais bons momentos do que maus, o que se revela bastante positivo.
Na próxima década acho que não vai ser bem assim. Vou lutar contra o desemprego e lutar para começar uma vida fora da protecção dos papás. Pode ser mais dificil mas acredito que isso também é bom, faz-nos dar mais de nós próprios.

Boa década para todos ;)