domingo, 29 de novembro de 2009

Trânsito

O trânsito em Lisboa põe-me doida. Completamente.
Gente doida a conduzir, gente doida a atravessar a estrada, gente doida em todo o lado.
Sinais vermelhos a cada 20 metros, parques de estacionamento lotados, confusão atrás de confusão.

Só stress.

Quando for grande quero ter um motorista. Aceitam-se candidaturas xD

domingo, 22 de novembro de 2009

"A Troca"


Los Angeles. 1928.
Uma criança desaparecida. Uma mãe que faz tudo ao seu alcance para ter de volta o seu filho. Uma polícia corrupta.
Uma história verídica.
Quando comecei a ver este filme, já sabendo que era uma história real, nunca pensei que fosse mexer tanto comigo.
A entidade em que nós, supostamente, devemos confiar - a polícia - comete, neste local e neste ano, erros tão terríveis que é impossível não sentir repugna.
A polícia de Los Angeles, nesta altura, era conhecida pela sua incompetência e corrupção. Então, para limpar a sua imagem, decide dar a uma mãe, cujo filho desapareceu, uma criança, dizendo-lhe que este é o seu filho.
Como é óbvio, a mãe percebe, no exacto momento em que vê a criança, que aquele não é o seu menino. E aí começa a luta.
Christine Collins insiste com a polícia para que continue a procurar Walter Collins. Vendo os seus esforços serem infrutíferos, decide, com o apoio do sacerdote de uma igreja local (que luta diariamente contra o poder instalado da polícia), revelar o seu caso aos media.
A influência da polícia é usada novamente e Christine é internada num manicómio. E aqui descobre que não é a primeira a ser mandada para ali por ter chateado a autoridade.
Uma série de acontecimentos vão desenrolar-se a partir daqui - não vou revelá-los para não estragar a emoção de quem queira ver este filme (coisa que recomendo muitíssimo).
A coisa que mais me perturbou neste filme foi saber que a corrupção é uma coisa que ainda acontece nos nossos dias. E que, esta mesma corrupção, pode, um dia, afectar-nos directamente. Como é que podemos confiar numa autoridade se ela não se interessa pelos nossos problemas? Se esta autoridade prefere o dinheiro e o poder, como podemos deixar tudo nas suas mãos?
Este filme revela também um polícia integro, que confia numa criança e descobre um crime hediondo. É este tipo de pessoas que eu gostaria que todos nós fossemos. Gostaria que todo o Mundo fosse assim. Não seria um Mundo melhor?
Custa-me ainda mais falar no rapto de crianças. Coisa que também nos nossos dias acontece. Rapto de crianças para tantos e variados propósitos. Não percebo como uma mente pode estar de tal modo distorcida para conseguir fazer a mal a uma pessoa inocente e indefesa.
Não percebo este Mundo. Não gosto dele assim. Tenho medo que continue assim.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

"A Viagem do Elefante", José Saramago


José Saramago é, sem dúvida, um dos meus escritores favoritos.
E este seu livro é uma obra fantástica.
"A viagem do elefante" conta a história da viagem do elefante Salomão.
Salomão foi uma prenda dada ao Arquiduque Maximiliano, da Aústria, pelo Rei de Portugal, D. João III. Esta é parte verídica. Tudo o resto não podemos ter a certeza.
Salomão parte de Belém sendo o seu primeiro destino a fronteira de Figueira de Castelo Rodrigo. Daí seguirá até Valladolid, já em Espanha, onde será entregue ao seu novo dono. Caminhará até chegar a Viena de Aústria, paragem final para um elefante que veio da Índia.
Uma viagem cheia de aventuras, peripécias, perigos e até milagres. Surgem relações inesperadas e amizades ainda mais surpreendentes.
Saramago consegue ter, novamente, uma escrita original e pormenorizada, sempre capaz de nos prender a atenção.
"Pela primeira vez na história da humanidade, um animal despediu-se, em sentido próprio, de alguns seres humanos como se lhes devesse amizade e respeito (...) "

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Step Up 2 - The Streets


Depois deste filme, fiquei com vontade de aprender a dançar.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Rua Sésamo





A Rua Sésamo celebra hoje o seu 40º aniversário. E é o programa da minha infância.
O Poupas, o Egas, o Becas, o Monstro das Bolachas, o Ferrão, o Gualter, a Gata Tita, o Zé Maria... Quem não se lembra?
Para além de entretenimento, este programa era também muito pedagógico. Ensinava as cores, as formas, os opostos, o alfabeto, os números e, muito importante, ensinava a importância dos amigos.
Lembro-me de ver e rever cassetes gravadas com a Rua Sésamo vezes sem conta.
Não sei se na actualidade este programa continua a passar na televisão, mas acredito que qualquer geração de crianças o adoraria. Em vez de Noddys e Rucas, um Egas e um Becas.

Belas memórias de infância :)

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Celebração dos 20 anos da Queda do Muro de Berlim

Em 1989, o "muro da vergonha" foi abaixo.
Este muro foi construído em 1961 e foi a concretização da expressão "cortina de ferro". O mundo estava oficialmente dividido entre capitalistas e comunistas.
Imensas famílias foram separadas durante mais de 25 anos.

Tudo isto porque as pessoas não sabem conviver com quem tem ideais diferentes dos seus.
Em pleno século XXI, estes muros continuam a existir (dou o exemplo do muro que separa Israel da Cisjordânia). Os Homens continuam a lutar entre si e a provocar um sem fim de guerras.

Mas ainda não aprenderam nada? A História não nos mostrou já que as lutas só provocam dor e só trazem mais problemas?

Já chega!

Paris e Disney (:

Agosto de 2009. A concretização de um dos meus sonhos. Conhecer Paris e visitar a Disney. Esta é uma daquelas coisas que já sabia que iria gostar.
É impossível resistir ao encanto e a toda a magia da Disney. É impossível não estar de bom-humor. É impossível não se ser feliz ali.


Tudo é feito ao pormenor. A casinha da Branca-de-Neve, do Pinóquio, do Peter Pan e o irresistível Castelo da Cinderela. O barco dos piratas e de Tom Sawyer, a casa de Robinson Crusoe e os adoráveis carrosseis do Dumbo e do Aladdin. O labirinto da Alice no País das Maravilhas, o espectáculo dos efeitos especiais onde os carros são os actores principais e, não me posso esquecer, as fantásticas montanhas-russas: dos Aerosmith, do espaço, do Indiana Jones e das minas esquecidas! Diversão garantida.

E o riso das crianças! Super encantadas com tudo. A maioria delas trazia sempre consigo um caderno para que quando encontrassem as personagens estas lhes dessem autógrafos. Amoroso.


Mas nos desfiles das personagens todos nós ficávamos derretidos. Nos três desfiles diários (um no final da tarde, outro à noite e um especial - em que as personagens desfilavam em carros), as pessoas reuniam-se e apreciavam todo aquele espectáculo. Vários figurantes dançavam por todo o caminho ao som de uma música contagiante. As luzes, os fatos, os sons - tudo, tudo, tudo - maravilhosamente bem pensado.


Mais do que um parque de diversões, a Disney é um lugar especial onde o sonho é o elemento principal e a felicidade um sentimento constante. Um espaço onde a idade não conta. Vale a pena, mesmo.

Ah e Paris, Paris. Só tive um dia na capital francesa; deu para matar a curiosidade mas sei que ficou muito por ver e anseio pelo dia em que lá voltarei.
Tudo o que vi me fascinou. Uma cidade cheia de história e de coisas para contar. Monumentos que contam as histórias de antigos conquistadores, de reis, rainhas e muitos artistas. Tudo transpira cultura e arte. Os próprios turistas, de tantas nacionalidades, contribuem para o enriquecimento desta belíssima cidade.
A vista da Torre Eiffel! Mas que vista! A sensação de grandiosidade que se tem, quando se olha lá de cima, compensa todas as horas de espera.
Estar mesmo ao lado do Museu do Louvre, da Catedral de Notre Dame, do Centro Pompidou, do Moulin Rouge, do Rio Sena, da Assembleia da República, de um Obelisco egípcio e do Sacre Coeur foi indescritível. Perto deste templo, encontrámos uma praça repleta de novos artistas. Cheios de talento, cada um retrata Paris a seu modo. Foi um bom local para fazer uma pausa e aproveitar para lanchar e comer um gelado, que deu para aliviar o calor abrasador que se sentia. Paris é sem dúvida uma cidade muito rica intelectualmente.
Bem, não só intelectualmente. Pude constatar que, em uma das oito ruas que chegam ao Arco do Triunfo, muitas lojas não são propriamente para o cidadão comum. Louis Vitton, Dior, Channel, Ralph Laurent, Dolce & Gabbana, entre outras, brilham pela sua excentricidade.

Um dia maravilhoso e muito bem passado. Quero muito lá voltar.
Até breve, Paris.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Para a Minha Irmã


"Para a minha irmã" conta a história de uma menina, Anna, que nasceu para que a sua irmã, Kate, sobreviva.
Aos dois anos foi diagnosticado a Kate uma leucemia rara e a única maneira de conseguir vencer a doença é com a ajuda de dador perfeitamente compatível. Como nem os pais nem o irmão o são, os pais decidem ter outro bebé. Um bebé especial porque será geneticamente concebido para que seja, de certeza, compatível com Kate.
Desde que nasceu, Anne foi diversas vezes hospitalizada para ajudar a irmã. Já na sua adolescência, Kate precisa de um rim. Mas Anne está cansada e decide levar a tribunal os pais, alegando que deseja ter direito sobre o seu próprio corpo.
No inicio, achamos imediatamente que Anne é má, egocêntrica e incompreensível. Como pode não querer ajudar mais a sua própria irmã?
Mas todo o filme nos ajuda a perceber a sua visão. Anne questiona a maneira como veio ao mundo e questiona o porquê de também ter de sofrer. Uma questão bastante ambígua e que nos faz pensar bastante. Se este fosse um caso real, será que conseguiríamos apoiar Anne?
Um filme bastante emotivo e que no final é bastante surpreendente, pois as verdadeiras razões de Anne são reveladas. Este filme mostra os bastidores de uma família que é confrontada com o drama de uma criança estar doente. Os internamentos, a quimioterapia, o sacrifício, a tristeza, mas ao mesmo tempo, a esperança. A alegria de viver de uma menina que aproveita todas as pequenas coisas que lhe são dadas. Toda a força de uma mãe que quer que a filha sobreviva. Mas será que vai ter coragem para respeitar o desejo da filha e seguir em frente?
Um bom filme para percebemos a sorte que temos em ser saudáveis. Para compreendermos que não nos podemos estar sempre a queixar por tudo ou por nada. Há-que aproveitar todos os minutinhos desta nossa vida. E, se possível, sempre com um sorriso na cara.

Prazer

Não há maior prazer, para mim, do que estar deitada no meu sofá, enroscada no meu saco-cama, a pensar.
Sim, pensar. Tudo dá mil voltas na minha cabeça, tudo tem de ter um sentido, tudo tem de ter solução.
O comentário para o trabalho de Sociologia tem de estar preparado para amanhã. Qual será a prioridade que lhe vou dar? Humm.. Se calhar devia ir tratar disso já, mas não tenho a mínima vontade. Primeiro tenho que ver o episódio do Serviço de Urgências que deu na sexta-feira. Sim, muito melhor.

Se calhar devia ter aceite o trabalho no Estoril Film Festival. Era bom para o currículo mas não gosto que brinquem comigo. Primeiro recebia 125€ mas com os recibos verdes e descontos para isto e para aquilo fico com 75€. Já é alguma coisa, já ajudava na poupança para a passagem de ano. Mas é muito pouco, não compensa. Duas semanas a trabalhar até depois da meia noite depois de um dia de aulas. Não compensa. Preciso do meu descanso. Mais que tudo.

Humm, a passagem de ano. Isso sim, vai valer a pena. 4 diazinhos no Algarve, com o namorado e os amigos. Isso sim, vai ser diversão. Tenho de juntar dinheiro. Tenho de pensar em como o fazer.

Parar de pensar. Às vezes gostava de o fazer. De esquecer tudo, de não ter um destino. De conduzir para um sitio paradisíaco. Oh, era tão bom. Vou continuar a sonhar, um dia chegarei lá.