domingo, 14 de março de 2010

Moda Lisboa 2010

E o meu domingo cultural continuou. Uma cultura diferente. Moda.


A Moda Lisboa, após dois anos em Cascais, voltou a Lisboa. Ao Terreiro do Paço, mais precisamente. No último dos quatro dias, eu consegui estar presente. É certo que de moda não percebo muito, nem estou muito na moda, mas todo este mundo fascina-me e conseguir observá-lo de perto foi fantástico!

Tantas pessoas, tão diferentes. Os homens muito mais produzidos, sem dúvida. As mulheres, altíssimas, com sapatos que as fazem ainda maiores. Roupas originais com penteados a condizer. Maquilhagem por todo o lado. Beleza por todo o lado. Beleza para todos os gostos. Brindes para quem quiser. Muito obrigado, desde já.

Apesar de ter convites para vários desfiles deste dia, acabei por ir apenas a dois. Visto que tudo o que é chique acaba por se atrasar, os desfiles já iam com 45 minutos de atraso. Aproveitei então Filipe Faisca e Nuno Gama. O primeiro um desfile feminino e o segundo masculino. Visto que não estou muito dentro deste meio, apenas conhecia os estilistas de nome e por isso tudo me surpreendeu. Pela positiva.

Filipe Faisca com uma colecção em tons escuros, logo para começar. Os cremes acabaram por aparecer assim como os cor-de-rosa. Vestidos bastante agradáveis e ideias originais.
Nuno Gama com uma colecção de casacos e camisas que a mim me pareceram um pouco repetitivas, mas agradáveis à vista. Também algumas camisolas de lã - foi o que me pareceu- em tons mais simpáticos, como o azul claro.

Tive foi muita pena de não conseguir fotografias de jeito! É que atrevo-me a dizer que nenhuma ficou em condições. Infelizmente.

Uma experiência que gostaria de repetir :)

Do que mais ou menos se aproveita...



(o meu vestido favorito)




Joana Vasconcelos @ CCB

Hoje tive um domingo muito cultural.
A começar pela visita à exposição de Joana Vasconcelos, no Centro Cultural de Belém. Sim, aquela que teve a criatividade para pegar em vinte mil tampões e construir um lustre!
Na minha opinião, esta é uma exposição bastante agradável, com criatividade a rebentar pelas costuras. Joana Vasconcelos pega em peças do nosso dia-a-dia e transforma-as em verdadeiras obras de arte. Se calhar pensamos à primeira vista: "oh, também eu era capaz de fazer aquilo". Mas e pensar em fazê-lo? E ter aquela ideia genial? Se calhar, não é qualquer um que consegue.
Muita cor e boa disposição. É o que vos espera caso visitem o CCB até dia 18 de Maio.

Ao entrar somos recebidos por uma bola feita exclusivamente de balas. Depois podemos ver vários collants. Vários não. Muitos, mesmo. Todos de cores berrantes. E giram. E fazem um efeito fantástico. De seguida, o tão conhecido lustre de tampões. É incrível como todos estão ligados e como juntos fazem aquela imagem tão bonita.


Entramos então nas salas da exposição.





Começamos com várias zonas dedicadas a trapos. Muitos trapos. Muitos panos. Vários tecidos, várias texturas. Croché, luvas, soutiens, brilhantes, pins. Tudo cosido e preenchido com enchimento (daquele dos peluches). E tudo forma uma só peça. Esta ocupa pelo menos duas salas. Está pelo chão e sobe pelas paredes. E envolve-nos num mundo de fantasia.

E continuamos então.
Encontramos dois carros. Um que vai a caminho de Fátima, de certeza. Está carregado de imagens de Nossa Senhora. Fluorescentes. Outro é um táxi decorado com faróis de vários carros. Brilhante.





Temos também a Cinderela. Um sapato gigante feito de panelas. De todos os tamanhos. Muito elegante, sem dúvida.

Esta é uma exposição interactiva. Há um carrossel feito com confortáveis cadeiras, que podiam ser de uma qualquer sala de estar. Eu aproveitei para dar uma voltinha eh!
Podemos também secar os nossos cabelos num conjunto de secadores que se ligam automaticamente quando nos aproximamos. E poderiamo-nos sentar numa cadeira feita de aspirinas ou numa cama feita de valium.
Encontramos então os cães de loiça. Também famosos, para quem conhece a obra de Joana Vasconcelos. A esta altura da exposição, estes cães já foram tanto uns contra os outros que se foram partindo. No chão podemos ver então o que lhes falta. Isto foi tudo planeado, obviamente.






Para a despedida temos três corações. Feitos de colheres, facas e garfos de plástico.
E acabamos com um jardim às escuras. Somos guiados por um caminho de flores que brilha à luz negra. Muito bonito. Parece que entramos num outro mundo, que vamos chocar com tudo, que não conseguimos encontrar a saída. Mas depois habituamo-nos à escuridão e podemos desfrutar do brilho daquelas flores.

Um bom momento de arte contemporânea.
E foi agradável ver tanta gente no CCB. É bom saber que os portugueses interessam-se por coisas novas e que reconhecem quem o merece.

Aconselho a quem queira passar um bom bocado. E como lanche, uns belos pastéis de Belém :D

sexta-feira, 12 de março de 2010

Reportagem

Acabo de assistir na SIC a uma reportagem, de Pedro Coelho, sobre a tragédia na Madeira.
Um tema bastante forte para todos nós. Pensamos sempre que só acontece aos outros. Quando falamos de nós mesmos ou quando nos referimos ao nosso país. Até que chega o dia em que o imprevisivel nos bate à porta.
É impossível conseguir perceber o real sofrimento das pessoas que viram a lama entrar pela sua casa, que viram a água arrastar pessoas conhecidas ou que viram o vento a destruir tudo o que conheciam. É impossível sentir a verdadeira tristeza das pessoas que viram a vida virada do avesso em poucos minutos.
Pedro Coelho fez um trabalho fantástico com esta reportagem. Depois de tantas aulas a falar do sentimento que se deve transmitir numa reportagem e da necessidade das palavras serem poesia, hoje percebi verdadeiramente o porquê. Toda a voz off de Pedro Coelho era poesia. No meio da tragédia, as palavras eram bonitas. Não eram frases simples. O tema também não o era.
São reportagens destas que me fazem ter orgulho no nosso jornalismo. São reportagens destas que me fazem desejar ser jornalista. Que me dão vontade de trabalhar arduamente.
Mas há sempre aquele receio de não conseguir. De não ser suficientemente talentosa.

Mas isso só me dá vontade de trabalhar ainda mais :)

terça-feira, 9 de março de 2010

Imagem

No âmbito de uma das disciplinas do meu curso - Ateliê de Jornalismo Televisivo - andámos, na última semana, a fazer umas gravações dentro e fora da escola.
De câmara ao ombro ou de câmara no tripé, acho que descobri o que gostava de fazer no futuro. Se calhar devia era estar no curso de Audiovisual. Ou talvez esteja bem onde estou.
Ando a pensar fazer um mestrado em realização ou pós-produção de cinema.

Vamos ver como tudo corre :)