domingo, 14 de março de 2010

Joana Vasconcelos @ CCB

Hoje tive um domingo muito cultural.
A começar pela visita à exposição de Joana Vasconcelos, no Centro Cultural de Belém. Sim, aquela que teve a criatividade para pegar em vinte mil tampões e construir um lustre!
Na minha opinião, esta é uma exposição bastante agradável, com criatividade a rebentar pelas costuras. Joana Vasconcelos pega em peças do nosso dia-a-dia e transforma-as em verdadeiras obras de arte. Se calhar pensamos à primeira vista: "oh, também eu era capaz de fazer aquilo". Mas e pensar em fazê-lo? E ter aquela ideia genial? Se calhar, não é qualquer um que consegue.
Muita cor e boa disposição. É o que vos espera caso visitem o CCB até dia 18 de Maio.

Ao entrar somos recebidos por uma bola feita exclusivamente de balas. Depois podemos ver vários collants. Vários não. Muitos, mesmo. Todos de cores berrantes. E giram. E fazem um efeito fantástico. De seguida, o tão conhecido lustre de tampões. É incrível como todos estão ligados e como juntos fazem aquela imagem tão bonita.


Entramos então nas salas da exposição.





Começamos com várias zonas dedicadas a trapos. Muitos trapos. Muitos panos. Vários tecidos, várias texturas. Croché, luvas, soutiens, brilhantes, pins. Tudo cosido e preenchido com enchimento (daquele dos peluches). E tudo forma uma só peça. Esta ocupa pelo menos duas salas. Está pelo chão e sobe pelas paredes. E envolve-nos num mundo de fantasia.

E continuamos então.
Encontramos dois carros. Um que vai a caminho de Fátima, de certeza. Está carregado de imagens de Nossa Senhora. Fluorescentes. Outro é um táxi decorado com faróis de vários carros. Brilhante.





Temos também a Cinderela. Um sapato gigante feito de panelas. De todos os tamanhos. Muito elegante, sem dúvida.

Esta é uma exposição interactiva. Há um carrossel feito com confortáveis cadeiras, que podiam ser de uma qualquer sala de estar. Eu aproveitei para dar uma voltinha eh!
Podemos também secar os nossos cabelos num conjunto de secadores que se ligam automaticamente quando nos aproximamos. E poderiamo-nos sentar numa cadeira feita de aspirinas ou numa cama feita de valium.
Encontramos então os cães de loiça. Também famosos, para quem conhece a obra de Joana Vasconcelos. A esta altura da exposição, estes cães já foram tanto uns contra os outros que se foram partindo. No chão podemos ver então o que lhes falta. Isto foi tudo planeado, obviamente.






Para a despedida temos três corações. Feitos de colheres, facas e garfos de plástico.
E acabamos com um jardim às escuras. Somos guiados por um caminho de flores que brilha à luz negra. Muito bonito. Parece que entramos num outro mundo, que vamos chocar com tudo, que não conseguimos encontrar a saída. Mas depois habituamo-nos à escuridão e podemos desfrutar do brilho daquelas flores.

Um bom momento de arte contemporânea.
E foi agradável ver tanta gente no CCB. É bom saber que os portugueses interessam-se por coisas novas e que reconhecem quem o merece.

Aconselho a quem queira passar um bom bocado. E como lanche, uns belos pastéis de Belém :D

1 comentário:

  1. Uma visita deliciosa a não perder...
    A correria das fotos: - agora eu, agora tu a agora a Di, agora todos - um espectáculo.

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