domingo, 22 de novembro de 2009

"A Troca"


Los Angeles. 1928.
Uma criança desaparecida. Uma mãe que faz tudo ao seu alcance para ter de volta o seu filho. Uma polícia corrupta.
Uma história verídica.
Quando comecei a ver este filme, já sabendo que era uma história real, nunca pensei que fosse mexer tanto comigo.
A entidade em que nós, supostamente, devemos confiar - a polícia - comete, neste local e neste ano, erros tão terríveis que é impossível não sentir repugna.
A polícia de Los Angeles, nesta altura, era conhecida pela sua incompetência e corrupção. Então, para limpar a sua imagem, decide dar a uma mãe, cujo filho desapareceu, uma criança, dizendo-lhe que este é o seu filho.
Como é óbvio, a mãe percebe, no exacto momento em que vê a criança, que aquele não é o seu menino. E aí começa a luta.
Christine Collins insiste com a polícia para que continue a procurar Walter Collins. Vendo os seus esforços serem infrutíferos, decide, com o apoio do sacerdote de uma igreja local (que luta diariamente contra o poder instalado da polícia), revelar o seu caso aos media.
A influência da polícia é usada novamente e Christine é internada num manicómio. E aqui descobre que não é a primeira a ser mandada para ali por ter chateado a autoridade.
Uma série de acontecimentos vão desenrolar-se a partir daqui - não vou revelá-los para não estragar a emoção de quem queira ver este filme (coisa que recomendo muitíssimo).
A coisa que mais me perturbou neste filme foi saber que a corrupção é uma coisa que ainda acontece nos nossos dias. E que, esta mesma corrupção, pode, um dia, afectar-nos directamente. Como é que podemos confiar numa autoridade se ela não se interessa pelos nossos problemas? Se esta autoridade prefere o dinheiro e o poder, como podemos deixar tudo nas suas mãos?
Este filme revela também um polícia integro, que confia numa criança e descobre um crime hediondo. É este tipo de pessoas que eu gostaria que todos nós fossemos. Gostaria que todo o Mundo fosse assim. Não seria um Mundo melhor?
Custa-me ainda mais falar no rapto de crianças. Coisa que também nos nossos dias acontece. Rapto de crianças para tantos e variados propósitos. Não percebo como uma mente pode estar de tal modo distorcida para conseguir fazer a mal a uma pessoa inocente e indefesa.
Não percebo este Mundo. Não gosto dele assim. Tenho medo que continue assim.

2 comentários:

  1. Um mundo melhor? Ainda acreditas nisso?! Eu acho é que as pessoas deviam redefenir as suas prioridades e a forma como querem atingir os seus objectivos. Querem dinheiro? Tudo bem. Mas devemos sempre olhar os meios para atingir os fins. E o que falta às pessoas é a educação nesse sentido e um bom par de estalos :). Em relação ao filme, já tinha ouvido falar apesar de nunca ter tido a oportunidade de o ver. Eu não gosto muito da Clementina (a Angelina Jolie), no entanto, sou capaz de ver o filme. Se o arranjar, claro!

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  2. Parece muito interessante o filme :)
    Pois, continuamos a lutar por um mundo melhor, porque ainda acredito que podemos mudar as pessoas e que a nossa pequena acção pode mesmo mudar isto tudo. Mas quanto isso não acontece, vamos vivendo um dia de cada vez..

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