Li hoje as últimas páginas do livro Crepúsculo. Confesso que escolhi este livro pelo mediatismo que em volta dele se criou, mas ao contrário da maioria das pessoas, que viu o filme e depois talvez tenha tido curiosidade em ler o livro, eu li o livro antes de ver o filme (confesso que mal acabei de o ler fui a correr ver o filme). Prefiro assim. Gosto de imaginar como é a aparência de cada personagem (apesar de com as personagens principais deste livro isso já me ser impossível) e a forma como eles agem entre si. As casas, as ruas e as paisagens surgem na minha mente a cada palavra que leio. É tão bom termos a capacidade de tornar um livro uma coisa tão pessoal. E, quando chega, o filme é a destruição da imaginação. Não é que eu não goste de ver livros transformados em filmes, mas nos filmes é nos imposto um actor que vai caracterizar a personagem e cenários para os vários locais que são descritos. E depois os actores podem ou não coincidir com o que imaginámos. E quando não coincidem, parte da magia foi quebrada.
Já não me lembro se os actores dos filmes Harry Potter coincidiram ou não com aquilo que tinha imaginado. O que neste momento sei é que os filmes desta saga nunca me desiludiram. As imagens que estavam à frente dos meus olhos eram aquelas que me passavam pela cabeça enquanto lia. Todo o filme flui facilmente e os efeitos especiais são espectaculares. Escrevo aqui sobre o Harry Potter como um exemplo positivo. Vou referir-me agora aos Anjos e Demónios como um exemplo negativo.
Adorei o livro (que foi escrito antes do Código DaVinci mas que toda a gente pensa o contrário) Anjos e Demónios. É mesmo um dos meus preferidos. Esperei ansiosamente pelo filme... até que tive uma enorme desilusão. Não que o filme estivesse mal realizado ou mal produzido... O filme estava bastante bom e entusiasmante mas quem leu o livro consegue facilmente aperceber-se de que falta ali muita coisa. A história foi excessivamente encurtada e muitos pormenores alterados. Dou como exemplo o final da história. O final! Um final não se devia alterar nunca. E o filme alterou o final do livro. Uma desilusão, portanto.
Quanto ao Crepúsculo... Em primeiro lugar, o livro: bastante bom, na minha opinião. A base de tudo é Bella, uma rapariga desastrada e fora do normal que acaba de se mudar para a pequena cidade de Forks. Tudo nos é descrito através da sua visão das coisas, do que sente e do que pensa. Ao início é um pouco estranha a maneira como a personagem principal nos descreve o que está à sua volta, mas é fácil habituarmo-nos. Ela apaixona-se por Edward, um vampiro, e toda a história se desenrola a partir daí. Original e emocionante, fez-me ler sem parar (quer dizer, tive de abrandar um pouco a leitura quando a minha mãe me disse que só me comprava o livro Lua Nova lá para o Natal !!) e saltar linhas para descobrir o que iria acontecer. Em segundo, o filme: muito estranho, devo dizer. Para além de alterar a ordem dos acontecimentos e inventar algumas peripécias, toda a história parece muito presa... Os efeitos especiais não eram dos melhores e tudo me fazia lembrar um daqueles filmes independentes de baixo orçamento. Não sei se foi por ter sido o primeiro filme desta saga e os produtores não sabiam se este teria ou não sucesso e não podiam arriscar demasiado, mas o filme não me agradou muito. Esperemos para ver o próximo.
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