segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Crepúsculo

Li hoje as últimas páginas do livro Crepúsculo. Confesso que escolhi este livro pelo mediatismo que em volta dele se criou, mas ao contrário da maioria das pessoas, que viu o filme e depois talvez tenha tido curiosidade em ler o livro, eu li o livro antes de ver o filme (confesso que mal acabei de o ler fui a correr ver o filme). Prefiro assim. Gosto de imaginar como é a aparência de cada personagem (apesar de com as personagens principais deste livro isso já me ser impossível) e a forma como eles agem entre si. As casas, as ruas e as paisagens surgem na minha mente a cada palavra que leio. É tão bom termos a capacidade de tornar um livro uma coisa tão pessoal. E, quando chega, o filme é a destruição da imaginação. Não é que eu não goste de ver livros transformados em filmes, mas nos filmes é nos imposto um actor que vai caracterizar a personagem e cenários para os vários locais que são descritos. E depois os actores podem ou não coincidir com o que imaginámos. E quando não coincidem, parte da magia foi quebrada.

Já não me lembro se os actores dos filmes Harry Potter coincidiram ou não com aquilo que tinha imaginado. O que neste momento sei é que os filmes desta saga nunca me desiludiram. As imagens que estavam à frente dos meus olhos eram aquelas que me passavam pela cabeça enquanto lia. Todo o filme flui facilmente e os efeitos especiais são espectaculares. Escrevo aqui sobre o Harry Potter como um exemplo positivo. Vou referir-me agora aos Anjos e Demónios como um exemplo negativo.

Adorei o livro (que foi escrito antes do Código DaVinci mas que toda a gente pensa o contrário) Anjos e Demónios. É mesmo um dos meus preferidos. Esperei ansiosamente pelo filme... até que tive uma enorme desilusão. Não que o filme estivesse mal realizado ou mal produzido... O filme estava bastante bom e entusiasmante mas quem leu o livro consegue facilmente aperceber-se de que falta ali muita coisa. A história foi excessivamente encurtada e muitos pormenores alterados. Dou como exemplo o final da história. O final! Um final não se devia alterar nunca. E o filme alterou o final do livro. Uma desilusão, portanto.

Quanto ao Crepúsculo... Em primeiro lugar, o livro: bastante bom, na minha opinião. A base de tudo é Bella, uma rapariga desastrada e fora do normal que acaba de se mudar para a pequena cidade de Forks. Tudo nos é descrito através da sua visão das coisas, do que sente e do que pensa. Ao início é um pouco estranha a maneira como a personagem principal nos descreve o que está à sua volta, mas é fácil habituarmo-nos. Ela apaixona-se por Edward, um vampiro, e toda a história se desenrola a partir daí. Original e emocionante, fez-me ler sem parar (quer dizer, tive de abrandar um pouco a leitura quando a minha mãe me disse que só me comprava o livro Lua Nova lá para o Natal !!) e saltar linhas para descobrir o que iria acontecer. Em segundo, o filme: muito estranho, devo dizer. Para além de alterar a ordem dos acontecimentos e inventar algumas peripécias, toda a história parece muito presa... Os efeitos especiais não eram dos melhores e tudo me fazia lembrar um daqueles filmes independentes de baixo orçamento. Não sei se foi por ter sido o primeiro filme desta saga e os produtores não sabiam se este teria ou não sucesso e não podiam arriscar demasiado, mas o filme não me agradou muito. Esperemos para ver o próximo.

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